21 de novembro de 2011

Só deixo o meu Ceará, quando a cachaça acabar!

    Não posso deixar de falar sobre o outro acontecimento que recarregou minhas baterias: o passeio na Praia do Futuro.
      Entre compra de GPS, feltros pros pés das cadeiras, antena pra televisão, o Thiago exclamou: “Vamos jantar na Praia do Futuro!”. Na hora não achei boa idéia porque chegar em casa com tudo desarrumado e por fazer é uma pulga atrás da minha orelha. Mas eu não podia negar algumas horas de lazer pro meu marido que além de trabalhar 8h por dia, ainda faz “hora extra” quando chega em casa.
      Nas praias aqui de Fortaleza existem estruturas (que agora não me lembro o nome) com bares, restaurantes, quiosques, piscinas e muito mais na beira mar. Uma delas se chama Crocobeach, era pra lá que estávamos indo.
      Nem sempre gosto de estar em locais movimentados, tenho um limite. Depois de algumas horas no shopping, o que eu mais queria era paz. Chegamos na hora certa, o povo todo estava arrumando as coisas pra ir embora. O sol dava seu último suspiro. O cardápio estava ótimo, mas o que mais me animou foi o som. A banda Dona Zefa reinventou a música de Elis Regina ao som do triângulo. Acompanhados de violino e uma voz maravilhosa qualquer letra virava um forró gostoso de escutar. Até Carmen Miranda caiu no arrastapé.
      Com a cabeça cheia de preocupações e a síndrome de segunda-feira chegando, escuto: “Só deixo o meu Ceará, quando a cachaça acabar!”. Apesar de não ser uma apreciadora de cachaça, a letra da música me faz pensar: “Esse povo gosta muito dessa terra mesmo! Não é possível que seja tão difícil viver aqui! Acho que estou fechada pra coisas boas, colocando todas minhas energias nas coisas complicadas (já que são elas que exigem mais). Talvez eu mereça esquecer um pouco os compromissos e só deixar a música entrar!”
Quando me permito enxergar, a pista está cheia. Todos dançando e comemorando o simples fato de estar ali. Sem dúvida, muitas daquelas pessoas têm problemas pra resolver, mas estavam lá, com a maior cara de quem não tem o que fazer durante os próximos 10 anos.
Virei minha cadeira para o palco e simplesmente vivi!

Um comentário:

  1. Que bom. Nada como se deixar levar pela música, num ambiente agradável.
    Bj
    Mãe

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