9 de novembro de 2011

Condomínio: a difícil tarefa de viver em harmonia.


Um condomínio onde todos se respeitam, usam da empatia e ponderam as escolhas pensando no bem comum existe? Essa resposta eu sei: NÃO! Impressionante como as pessoas são egoístas e inflexíveis quando se trata de decisões em conjunto. Uma assembléia parece uma seleção para uma vaga observada por uma psicóloga. Todos candidatos querem ser notados e fazem de tudo para dar opiniões e interagir com o grupo. Exatamente como na seleção, algumas pessoas falam demais, outras de menos e outras nunca deveriam ter aberto a boca por nada nesse mundo.
Isso foi o que aconteceu hoje, dia 07 de novembro. A reunião tinha uma pauta principal que era decidir o valor do condomínio através dos serviços apresentados pela empresa terceirizada. Minha mãe me deu um conselho: “Vá à reunião, mas fique como ouvinte, não diga nada, fique lá no fundo escutando as informações”. Não sei porque ela disse isso, talvez tenha sido porque ela sabia que em meio a tantos absurdos ditos e discutidos sem nenhuma lógica, a qualquer momento poderia ecoar uma voz de general: “Chega! Vamos botar ordem nisso! Votação: levante a mão quem quer isso, agora levante quem quer aquilo!” – seria eu, sem dúvida.
Eu não falei nada a reunião inteira, consegui me conter com gestos e expressões faciais que ninguém enxergava porque realmente eu estava sentada na última cadeira da sala. Já, o Thiago não escutou o conselho, foi voto de desempate na escolha do valor do condomínio, mesmo sem ser proprietário e fez diversos comentários acompanhados da mão no rosto de quem pensa: “Meu Deus, quanta bobagem!”.
Realmente foi difícil encarar 2 horas de assuntos desviados como: porque o zelador não pode fazer a limpeza da piscina, porque o segurança armado não pode ser porteiro e guarda ao mesmo tempo, qual o modelo de lâmpada será colocado na fachada, se pode ser retirada a taxa de gás de 50 reais por mês (dividida por 64 = R$ 0,78 para cada condômino) para que o valor do condomínio pudesse baixar, e muito mais. Lendo assim parece que o valor do condomínio é um absurdo, mas não é! Não só para mim e pro Thiago que viemos de um local onde o condomínio é caro, mas para aqueles que estavam presentes na reunião também, eles mesmos diziam. O difícil de entender era o porque de tanta contestação.
Finalmente, o meu candidato a síndico (que aceitou ser apenas membro da comissão) deu um fim àquela baderna: “Pessoal, me escutem, por favor! Tenho certeza que todos aqui estão cansados, vieram do seu trabalho e nem jantaram ainda. Vamos aprovar esta sugestão de valor por 3 meses e, caso não tenhamos todo este gasto, este dinheiro fica em caixa para o condomínio!” – na verdade esta foi a tradução pela diplomacia do que eu e o Thiago estávamos pensando: “Calem-se, calem-se, calem-se. Vocês nos deixam louuuuucos” – citando o Kiko do Chaves! Hihi
Assim, todos puderam ir para suas casas felizes para sempre....até a próxima assembléia pelo menos!

Um comentário:

  1. Silvia, tudo vai ficar bem se na próxima assembleía vc seguir as dicas dos filmes americanos e levar um saco de papel pra respirar dentro dele. Depois vc me fala se adianta, porque se não adiantar a gente pode usar a idéia pra asfixiar o síndico.
    (Não vou me identificar agora porque sempre que se fala em eliminar o síndico sobra pra mim).

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